29 de mar. de 2011


PESsoas COm soluÇO
Não confia no que não vê. Assim é Virgínia. Não vê o que não quer. Não controla o mundo. Não consegue. Não controla sua cabeça. Não aguenta guardar mais nada na cabeça. Não tem mais estômago para viver a realidade. Mas ela sabe comandar seu pescoço. Tudo que precisa o pescoço se encarrega da tarefa.
O pescoço de Virgínia mantém a cabeça de Virgínia ligada ao corpo, pelo menos anatomicamente. O pescoço de Virgínia tem ciência de que os olhos dela não são discretos. O pescoço de Virgínia determina a direção que a cabeça deve se concentrar, impedindo que os olhos sejam obrigados a obedecerem ao bom senso. Os olhos por sua vez revoltados lacrimejam-se. O pescoço de Virgínia é forte, as situações em que obriga a cabeça a ignorar, por amor, apropria-se das consequências. O pescoço de Virgínia silencia, os olhos e a cabeça também.
Mas hoje ele está triste. Algumas pessoas acham que é soluço. Mas o pescoço de Virgínia chora. Chora porque não apoia mais a cabeça e sim a prende. Chora porque não é mais o canal da razão até a emoção e  sim o porão da solidão. Mas Virgínia embriagada pela mentira não vê. Não sente. Não luta. Não ama.


26 de mar. de 2011


O texto anterior a essa postagem é o início dessa história, e que bom que não é o final...
O ânimo muitas vezes se ausenta do meu olhar e evacua da minha pulsação. Dessecando meu sorriso e me enclausurando em uma ilha particular, a minha solidão, a minha ilha. E o ânimo resolveu partir mais uma vez, mas desta vez partiu em um dia muito especial. O dia em que iriamos comemorar a presença de uma grande amiga. Não somente a presença de oxigênio nos seus pulmões, mas a sua presença em nossas vidas. Mas como iria conseguir dizer toda a alegria que aprendi a amar se meu combustível resolveu me abandonar?
Depois de quatro longas horas de sono, acordo e lembro-me de algumas de suas palavras animadoras sempre a minha espera “Coragem, Confiança, Cautela e ÂNIMO” Isaias 7.4.
Será que minha coragem é tão pouca para desanimar assim tão fácil? Minha confiança aonde é que se encontra? Minha calma... Essa foi-se desde tempos remotos, mas resta esperanças ainda. Será que eu iria desistir de aumentar o volume assim de cara e deixar de falar o quanto ela é especial para um monte de gente? O amanhã não me pertence, então porque não aproveitar a maior oportunidade que tenho (o hoje) de amar as pessoas e dizer isso?   
Mimicão: Falar de mim sem citar nossa amizade torna-se praticamente impossível, mas mais impossível é falar de você sem citar o amor de Deus com seus filhos. Enfrentamos tantas barreiras (conjugado para o presente), tantas lágrimas rolaram (conjugado para o presente ²), tantas vergonhas (kkk, mas que tudo essa no presente³), e aprendemos a ver que são nos pequenos gestos que o amor se revela. Uma música que recorda minha pessoa, uma frase, uma imagem ou farofa espalhada no chão, me torna especial e alegra minha vida.
Obrigada por nunca ter desistido de me erguer mesmo nos momentos em que eu já havia entregado as cartas. Obrigada por me acalmar nos meus momentos de angústias. Hoje consigo sentir que tenho amigos porque me ensinastes o valor da amizade e da sinceridade. Sinceridade que deve ser revelada em cada abraço e em cada sorriso.
E prepare-se no seu aniversário de 18 anos "a cobra vai fumar" (Oli, Felipe. 2011). 
FELIZ ANIVERSÁRIO!

aumente o volume

Estrambolicamente insuportável suporto suportando a minha falta de não ter o que fazer analisando o que a filha da vizinha da empregada de minha madrinha pensa ao me dirigir certas palavras, especificando a profundidade da realidade, ao me revestir de certos conceitos. Mas estou controlando minha falta de delicadeza, escrevendo em letras minúsculas o que seriam os meus berros. Agora questionada com questões que raramente são debatidas, questiono meus questionamentos sobre análises “antropólogas” de seres “humanos” próximos. Porque é que eu grito quando estou revoltada com injustiças, porque me rebelo diante de tantas atrocidades? Mas simultâneamente não consigo levantar os olhos para revelar as pessoas que eu as amo (as que eu amo)?
Simples minha cara, você se acostumou e se envolveu tanto na briga pela pacificação que não percebeu que a sua guerra era um dos problemas que deveria ser combatido, ou melhor nunca deveria ter existido. Aumente o volume quando for ser sincera. Aumente estrambolicamente as ondas sonoras quando for ser você. Não esfie-se dentro de sua frágil fortaleza. Abra os olhos. Você aprenderá a amar. Se não aprender, pelo menos morra tentando... A vida é para se tentar e não exatamente acertar, apesar de que uma coisa leva a outra. Então porque não começar agora?
"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas"
                                                                       O Pequeno Príncipe
                                                                          
                                                           (IRON, Jodilson- conversa,2011)             



12 de mar. de 2011

(Emyllene na câmera)

       Primeiramente, decidi escrever em terceira pessoa porque creio que muitos irão se reconhecer nas declarações a seguir. Muitas vezes só paramos para analisar o amor quando estamos apaixonados por alguém. E não é de se admirar o porquê de não conseguimos entender o amor. Paixão significa sofrimento. Amor significa vida. Para muitos viver é um sofrimento. Mas para quem ama e sabe o valor do amor, viver é o melhor presente que alguém pode suportar. Espero que você se um desses. Mas se não for, não se desespere, nos seus pulmões o ar estar conseguindo penetrar? Então o que está esperando para fazer esse coração disparar? Vamos tentar viver?
               
          Disse um dia Madre Teresa de Calcutá:

“O dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? O medo
O erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? O egoísmo
A distração mais bela? O trabalho
A pior derrota? O desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais
O mistério maior? A morte
O pior defeito? O mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
O sentimento pior? O rancor
O presente mais belo? O perdão
O mais imprescindível? O lar
A estrada mais rápida? O caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
O resguardo mais eficaz? O sorriso
o melhor remédio? O otimismo
A maior satisfação? O dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? O AMOR

6 de mar. de 2011



Neste carnaval não use camisinha. USE CASTIDADE.1

Vão-se os confetes ficam os filhos ...  Não faço idéia de como era o carnaval da minha avó, mas isso não significa que tenho que me enfiar dentro de uma orgia comunitária para festejar porque isso foi perpetuado de geração para geração.  Nossa realidade insiste em iludir corações e sorrisos, mascarando a felicidade e injetando maravilhosas substâncias entorpecentes como símbolo de popularidade.
            Hoje no programa “Esquenta” apresentado por Regina Casser, transmitido aos domingos pela Rede Globo, a apresentadora declarou mais ou menos as seguintes palavras:
“Neste carnaval se divirta. Sem camisinha não dá. Ninguém que tem AIDS não tem escrito na testa ‘Sou portador do vírus HIV’. Se for brincar, brinque com segurança, use camisinha. Você conheceu a pessoa a pouco tempo ou nem a conhece. Seja responsável.”
Enfatizo “VOCE CONHECEU A PESSOA A POUCO TEMPO OU NEM A CONHECE”. Sinto-me agressivamente suja por tais palavras.  Qual o significado da palavra responsabilidade? Será que só se demonstra amor se houver sexo? Será que você realmente ama uma mascara que você acabou de conhecer?
Não precisa dizer que eu sou a favor da castidade. Acho que já ficou explícito. Mas acima de tudo sou a favor do respeito e do amor. Por isso não concordo com os argumentos que muitas pessoas usam e abusam ao defenderem que carnaval é apenas sexo. Carnaval para mim não é isso.
Bom carnaval para todos.

1 O título do blog não foi de inspiração minha. Ouvi essa frase de alguém ano passado.

Hoje a madrugada está proporcionando o clima adequado para uma entrega inteira aos meus devaneios, aos meus cadernos e as minhas cifras....